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17 VILÕES MAIS ICÔNICOS DO CINEMA DO SÉCULO XXI

17 VILÕES MAIS ICÔNICOS DO CINEMA DO SÉCULO XXI


Os heróis podem até ser legais, mas é dos vilões que nós realmente gostamos. Qual a graça de torcer por um adulto de roupa apertada com superpoderes querendo salvar o dia enquanto o vilão que tem os planos realmente criativos? Os melhores antagonistas do cinema são os carismáticos, os engenhosos, os assustadores, aqueles que não conseguimos odiar não importa o nível de crueldade.
As duas primeiras décadas do século XXI forneceram diversos vilões inesquecíveis que ficarão para sempre nos nossos corações. Esta é uma carta de amor para a maldade e o mau caminho. Aqui mocinho não tem vez. Confira os 17 vilões mais icônicos dos últimos vinte anos:

Abutre – Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017), 


Adrian Toomes (Michael Keaton) só queria trabalhar em paz, limpando a ‘sujeira’ deixada para trás pelos Vingadores em suas batalhas. Mas quando o Departamento de Controle de Danos entra na jogada e acaba com os seus negócios, Toomes decide que irá ganhar dinheiro de um jeito ou de outro e, assim, passa a roubar a sucata de tecnologia alienígena remanescente da Batalha de Nova York, fabricar armas com ela e vender estas criações para criminosos. Diferente do visual até mesmo frágil apresentado nos quadrinhos, em Homem-Aranha De Volta ao Lar, o Abutre veste uma poderosa armadura, que o faz dar algumas belas surras no Amigão da Vizinhança. A coisa se complica quando descobrimos que o vilão é também pai da garota por quem Peter Parker é apaixonado, e mais ainda quando Toomes descobre a identidade secreta do herói. Assim, o Abutre se torna um inimigo duplamente perigoso para um Homem-Aranha em ‘início de carreira’. No entanto, o sentimento dúbio existente por ter o Aracnídeo como inimigo e Parker como alguém por quem ele nutre certo carinho e admiração, traz ao Abutre uma personalidade mais interessante, que pode ser muito bem explorada no futuro, como dá a entender na cena pós-créditos do filme.

Amy Dunne – Garota Exemplar (2014)

Quando uma mulher desaparece, o marido quase sempre é o culpado. Este não é o caso de Garota Exemplar – quer dizer, mais ou menos. Amy Dunne (Rosamund Pike) sumiu no quinto aniversário de casamento com Nick (Ben Affleck) e, como a casa tinha evidências de uma sangrenta briga, a culpa obviamente caiu sobre o esposo. O que ninguém esperava era que Amy fosse uma sociopata doentia. A esposa forjou seu desaparecimento e deixou dezenas de evidências para trás que culpariam Nick. Não apenas isso, mas ela estava disposta a se matar para que o marido fosse incriminado pelo assassinato e pegasse pena de morte. E Nick era um marido abusivo? Não, ele era um traidor negligente, mas nunca foi o agressor que ela descreveu no diário falso. Depois de ter desistido de se matar, Amy vai morar com Desi (Neil Patrick Harris), um ex-admirador obcecado por ela.  Só por Desi ter se mostrado minimamente controlador e Nick ter se provado merecedor de novo, Amy mata Desi, cria uma narrativa em que ela foi raptada por ele e volta para Nick, engravidando dele e o prendendo em uma ‘perfeita’ vida de casados. O que torna Amy a psicopata perfeita é sua extrema falta de empatia e frieza, disposta a fazer qualquer coisa para atingir os seus objetivos. E a performance de Rosamund Pike no papel é memorável.

Anton Chigurh – Onde os Fracos Não Têm Vez (2007), por Pedro Kobielski

Um assassino frio, calculista, sem remorso ou qualquer traço de humanidade. Esse é Anton Chigurh, o vilão vivido com perfeição por Javier Bardem naquele que muitos consideram o maior papel de sua carreira — que, inclusive, lhe rendeu um Oscar. A trama acompanha Llewelyn Moss (Josh Brolin), um veterano de guerra que acha US$ 2 milhões de dólares em uma operação de tráfico mal sucedida no deserto do Texas. Tentando salvar o dinheiro que representará sua independência financeiro, Llewelyn não conta que um profissional muito dedicado foi contratado pela máfia para recuperar o dinheiro, e nada que entrar em seu caminho o impedirá de completar sua missão. Protagonizando algumas das cenas mais marcantes da década passada, como o diálogo na loja de conveniências, a perseguição na cidade e a chocante cena final com a esposa de Llewelyn, Bardem entrega um dos grandes últimos vilões do cinema hollywoodiano.

Coringa – Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008), por Diego Francisco

Toda versão do Palhaço do Crime nos cinemas foi excelente, de acordo com a proposta do filme no qual o personagem antagonizava (excluindo a versão de Jared Leto, claro). E o Coringa de Heath Ledger foi um fenômeno. Eclipsando o próprio protagonista de Batman: O Cavaleiro das Trevas e o Duas-Caras, esta versão do arqui-inimigo do Homem-Morcego era caótica, anárquica e arrebatadora. Ledger roubava cada segundo que estava em cena com a natureza imprevisível que conferiu ao personagem, com tiques e maneirismos muito particulares. Mas não é apenas a atuação que transformou este Coringa em icônico, os planos do antagonista eram insanos. Desde a primeira cena do filme, em que um assalto a banco tem todos os membros da equipe eliminando um colega até que reste apenas o Coringa para ficar com toda a grana ou o modo em que ele corrompeu Harvey Dent, que até então era a única esperança da sombria cidade. É uma pena que a trama para fazer os cidadãos de Gotham explodir a barcos dos presidiários ou vice-versa deu errado. Quem diria que os humanos fariam a coisa certa?

Duas-Caras – Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008), por Carlos Redel


O verdadeiro vilão de Batman: O Cavaleiro das Trevas acabou se ofuscando pela brilhante performance de Heath Ledger como Coringa. Harvey Dent (Aaron Eckhart) é o herói que Gotham precisava, resolvendo os crimes com inteligência, justiça e, principalmente, sem a violência empregada pelo Homem-Morcego — a sua moeda, por exemplo, tinha os dois lados iguais, o que acabava sempre sendo a opção correta. No entanto, ele acabou sendo a cobaia perfeita de Coringa, que conseguiu provar a sua tese de que até a mais íntegra das pessoas pode se corromper quando levada ao limite — neste caso, ele perdeu o amor de sua vida. O Palhaço do Crime foi a faísca necessária para trazer o mal guardado dentro de Dent, que se tornou um vilão sádico, cruel e sem fé na justiça. Em uma busca imparável por vingança, no terceiro ato do longa, subverte tudo o que foi apresentado no decorrer da trama, transformando Dent em um personagem rico e um dos grandes vilões dos últimos tempos — mesmo dividindo o filme com o brilhante Coringa de Ledger.


Pantera Negra é um filme de origem da Marvel que conseguiu se tornar muito mais que apenas entretenimento, trazendo consigo muitos debates sobre diversidade e política. Além disso, o longa conta com um ótimo personagem que domina a história no papel vilanesco, porém com motivações tão plausíveis para sua sede de vingança, que fica difícil questionar parte dos seus atos ou até mesmo desgostar dele. Erik Killmonger, vivido por Michael B. Jordan, faz o espectador ficar na corda, bamba pensando se deveria trocar de lado e torcer para o antagonista — afinal, suas razões para tomar o trono de Pantera Negra são baseadas nas dificuldades que observou na África como um todo, uma vez que a colônia de Wakanda possuía meios de se desenvolver plenamente e o restante do continente africano ficava de fora da barganha, sofrendo com pobreza, desigualdade social e desencadeando uma onda de criminalidade. Apesar de planejar e executar vários atos vilanescos, não é fácil discordar de Killmonger em alguns pontos, e certamente a atuação de B. Jordan contribuiu muito bem para a construção do personagem e o despertar de empatia por ele. O ator, inclusive, comentou ter incorporado como referência obras que casassem com a temática vivida por seu vilão, como Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e Kátia Lund.

Ernesto de la Cruz – Viva: A Vida é uma Festa (2017), por Pedro Kobielski

Viva é uma obra-prima da Pixar. Em um universo construído com apuro e sensibilidade ímpares, e uma trama emocionalmente potente, era necessário que a produção tivesse um vilão à sua altura.  A trama começa quando o garoto Miguel Rivera, um apaixonado por música, resolve se inscrever em um concurso cultural de sua comunidade, mas acontece que a família Rivera possui um problema histórico com música, desde que o trisavô de Miguel supostamente abandou a família para buscar uma carreira como cantor — deixando sua filha Ines (bisavó de Miguel) sem pai. Decepcionado, o menino resolve ir ao túmulo do renomado artista Ernesto de la Cruz, que ele acredita ser o seu trisavô perdido, para tocar em seu mítico violão. Porém, acidentalmente, ao tocar no artefato, ele acaba indo parar no mundo dos mortos — e resolve entrar em uma jornada para encontrar o famoso músico e voltar ao mundo dos vivos. Para isso, ele contará com a ajuda de Hector, um músico frustado que fora parceiro de Ernesto no começo de sua carreira — até sua morte prematura. O homem, que inicialmente parecia apenas um morto malandro que faz de tudo para atravessar a ponte para o mundo dos vivos, se revela uma figura melancólica, que está prestes a desaparecer, pois ninguém lembra dele. Em uma virada que pegou muita gente de surpresa, acabamos descobrindo que na verdade, o próprio Hector é o trisavô de Miguel, e que Ernesto de la Cruz, além de roubar todas as músicas de Hector (o verdadeiro talento da antiga dupla), ainda foi o causador de sua morte. Felizmente, o aproveitador acaba tendo o final que merecia: sua farsa é descoberta, e o mundo dos vivos deixa de idolatrá-lo.

Bastardos Inglórios é um clássico moderno, mas as coisas poderiam ter sido muito diferentes se o vilão do filme não fosse o Coronel Hans Landa (Christoph Waltz). Logo no começo do filme, somos apresentados a Landa em uma cena onde conversa sobre leite com um pai de família, antes de destruir sua casa e matar os judeus que ele escondia. Shoshanna (Mélanie Laurent) é uma sobrevivente desse massacre e, anos depois, tem a chance de se vingar de Landa (e todos os outros nazistas que estiverem junto dele), mas quem pensa que o militar é tão simples assim de derrotar está enganado. Ah, e Landa não poderia ter sido interpretado por outro ator senão Waltz. O austríaco sabe ser sarcástico e genial sempre que necessário, e entrega algumas das cenas mais memoráveis dos filmes de Quentin Tarantino.




Immortan Joe – Mad Max: Estrada da Fúria (2015), por Paola Rebelo


Mad Max: Estrada da Fúria reacendeu a franquia de 1979 com um filme com diversos personagens poderosos e interessantes. Para servir de contraponto ao Max de Tom Hardy e à Imperatriz Furiosa de Charlize Theron, era necessário um vilão que representasse uma ameaça verdadeira, com uma onipresença quase divina por causa do seu império construído no deserto pós-apocalíptico. Hugh Keays-Byrne, ator de Immortan Joe, não é um estranho para os fãs de Mad Max das antigas, pois já havia interpretado o também vilão Toecutter no primeiro filme da franquia. No longa de 2015, seu personagem mascarado é o comandante da Cidadela e líder dos Garotos de Guerra, os soldados fanáticos dispostos a morrer em sua honra. O que torna Immortan Joe icônico é o fato de ser um daqueles vilões que o público ama odiar: ele é impiedoso com seus inimigos e utiliza seu poder sobre a água para manter os que buscam refúgio em sua condição miserável. Além disso, seu sistema de reprodução explora as mulheres escravizadas de forma a deixar até os cabelos dos roteiristas de O Conto da Aia em pé. Immortan Joe é uma alegoria de um chefe de Estado (guardadas as devidas proporções), com toda a sua indiferença à dor dos menos favorecidos e sua ira quando sua autoridade é questionada

Kylo Ren – Star Wars (2015- 2017), por Carlos Redel

Quando surgiu, em O Despertar da Força, Kylo Ren (Adam Driver) tinha todas as qualidades para se tornar um dos maiores vilões da cultura pop — superando, inclusive, Darth Vader, o seu avô e grande inspiração. O personagem tinha motivações mais convincentes e um nível de maldade invejável — afinal, ele matou o próprio pai. E, para agravar ainda mais a situação, o pai era ninguém menos que Han Solo (Harrison Ford)! Apenas um monstro faria isso. Impiedoso e sem remorso, o vilão, em Os Últimos Jedi, acabou se mostrando não tão mal assim, mas, mesmo assim, no final das contas, tudo fazia parte de um plano para que ele conquistasse Rey para o seu lado. No final da trama, ainda, é o responsável pela morte de Luke Skywalker (Mark Hamill). Um ser terrível esse Kylo Ren. Vilãozão. No entanto, em A Ascensão Skywalker, Ben Solo começa a dar as caras e a vai minimizando os terríveis atos do malvadão vivido por Adam Driver. Mesmo sendo o responsável, também, por matar Leia — Kylo terminou com o trio protagonista —, ele acaba se redimindo e salvando Rey em um ato heroico. Assim, o personagem comete a sua maior maldade, para encerrar a franquia com chave de ouro: decepciona os seus fãs, sem dó nem piedade. Canalha!

Lee Woo-jin – Oldboy (2003), por Diego Francisco

Oh Dae-su (Choi Min-sik) foi aprisionado por 15 anos em um quarto de hotel sem qualquer tipo de contato com o mundo exterior ao não ser por uma TV. Quando foi liberado ele recebeu uma missão: encontrar quem o confinou e se vingar. O plano de Lee Woo-jin (Yoo Ji-tae) é nada menos do que demoníaco. Quando adolescente, Dae-su viu um casal de irmãos tendo relações sexuais na escola e contou para todo mundo, a irmã de Woo-jin ficou tão desesperada que acabou desenvolvendo uma gravidez psicológica e se matou. O que Woo-jin fez: aprisionou Dae-su em um quarto por 15 anos, matou a esposa dele e o incriminou pela morte dela, o separou de sua filha (com três anos na época), o liberou depois de uma década e meia, contratou uma hipnóloga para fazer com que Dae-su se apaixonasse pela jovem Mi-do — e eventualmente tivesse relações sexuais com ele — e depois revelou a terrível verdade. Mi-do é, na verdade, a filha perdida de Dae-su, agora com 18 anos.  O que torna Woo-jin um vilão tão completo não é apenas a genialidade (e crueldade) de seu plano, mas a sua complexidade. Apesar da insanidade, ele realmente amava incondicionalmente a irmã e, mesmo completando a sua vingança, a satisfação dura pouco, o deixando apenas com o vazio que ele sentia por todos esses anos.

Lord Voldermort – Harry Potter (2001 – 2011), por Carlos Redel

O grande vilão da franquia Harry Potter não poderia ficar de fora da lista. O bruxo, conhecido por matar os pais do protagonista — além de tentar dar fim ao próprio, enquanto este ainda era um bebê —, Voldemort (Ralph Fiennes) era tão mal que os personagens sequer diziam o seu nome, chamando-o apenas de ‘Você-Sabe-Quem’ ou de ‘Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado’. O vilão e sua legião de seguidores pregavam o domínio dos ‘sangues-puros’ sobre os ‘sangue-ruins’, ou seja, aqueles que descendem de trouxas. Para tanto, muitas pessoas foram torturadas e mortas por conta de Voldemort e seus ideais. Além disso, o bruxo, considerado um dos mais poderosos de todos os tempos, ainda pretendia se tornar imortal através da Arte das Trevas e dominar o Mundo Bruxo. Mesmo que nos filmes não tenhamos visto tanta maldade por parte dele, a sua bagagem de crimes e o medo que este causava — muito também por conta da excelente performance de Ralph Fiennes — o tornam um dos vilões mais icônicos do século.
Quem diria que um ursinho de pelúcia com cheirinho de fruta poderia ser o cabeça impiedoso de uma máfia em uma creche? Em 2010 (quando ainda acreditávamos que seria uma trilogia), Toy Story 3 chegou aos cinemas arrebatando multidões. Os nossos brinquedos favoritos foram à creche pela primeira vez. Ao chegarem lá, foram bem recepcionados por Lotso, o mais antigo de Sunnyside e, aparentemente, um velho bondoso. Porém, com o desenrolar do filme, descobrimos que ele faria algumas maldades impensáveis, como torturar e até deixar Woody e sua turma para morrer em uma fornalha. Toy Story 3 pode não ter finalizado a história dos brinquedos, mas trouxe o mais memorável vilão de toda a franquia.

Ozymandias – Watchmen: o Filme (2009), por Diego Francisco


Mesmo destoando um pouco da sua versão dos quadrinhos, Adrian Veidt/Ozymandias (Matthew Goode) continua charmoso e maquiavélico, garantindo o seu lugar na lista de vilões mais icônicos. O plano do homem mais inteligente do mundo para salvar a Terra de um apocalipse nuclear causado pelas tensões entre EUA e a União Soviética é perfeitamente plausível: destruir as maiores capitais do mundo e botar a culpa no único ser poderoso o suficiente para tal, o Dr. Manhattan (Billy Crudup). Por mais cruel que o plano pareça, resultou em uma aliança entre o mundo inteiro para caçar o inimigo em comum, gerando a paz entre as todas as nações. Com o tempo, os próprios protagonistas do filme, com exceção do incorruptível Rorschach (Jackie Earle Haley), reconhecem que, apesar de não ser ideal, o plano de Veidt é coerente. “Você matou milhões”, acusou Coruja (Patrick Wilson); “Para salvar bilhões”, respondeu Ozymandias.

Rose Armitage – Corra! (2017), por Luna Rocha

Estreando com o pé direito como diretor, Jordan Peele acertou o pulo ao lançar o filme Corra!, angariando até mesmo um Oscar de Melhor Roteiro Original e se tornando o primeiro negro a conquistar a estatueta nesta categoria, o que vem a reafirmar ainda mais a temática de sua obra. Na história do longa, Chris (Daniel Kaluuya), um homem negro, é convidado por sua namorada Rose (Allison Williams) para conhecer sua família, que é caucasiana. Mesmo com receio de preconceito devido à sua raça, ele aceita passar um fim de semana na casa dos Armitages e percebe que o núcleo familiar é formado apenas por gente branca e rica, assim como também mantém uma equipe de empregados inteiramente composta por negros, que agem de maneira estranha e comedida, quase como se fossem robôs. No decorrer de Corra!, descobrimos que a trama é bem inusitada, que a sua amada Rose era, na verdade, uma aliciadora de negros para um negócio de família que consistia em utilizar o corpo das pessoas sequestradas como receptáculo para a mente de indivíduos brancos buscando mudar sua estrutura física. Durante o filme, há essa quebra de expectativa quanto à moça, pois ela passa a maior parte do tempo compartilhando dos pensamentos igualitários do namorado com discursos anti-racismo, para, de repente, se revelar como a principal responsável por uma espécie de tráfico de afro-americanos apenas para deleite dos desejos fúteis de brancos abonados.

Silva – 007: Operação Skyfall (2012), por Diego Francisco

Em Kingsman: O Serviço Secreto, Harry Galahad disse que os filmes do James Bond são tão bons quanto o vilão; uma proposição que Raoul Silva prova estar correta. Pela segunda vez na lista, Javier Bardem prova novamente o seu talento para interpretar inimigos marcantes. Sem a frieza de Anton Chigurh e contando com um carisma inegável, Silva ultrapassa Le Chiffre (outro excelente vilão da era Craig) por ter a oportunidade de ser mais desenvolvido. Nascido Tiago Rodriguez, o antagonista de 007: Operação Skyfall é um ex-agente da MI6 que depois de ter sido torturado por meses após ter sua captura, tentou suicídio com uma cápsula de cianeto que não o matou e deixou com o rosto todo desfigurado. Assumindo a identidade de Silva, o agente se tornou um cyber terrorista com uma vingança pessoal contra o MI6 e a M (Judi Dench), que era a responsável pela operação que acabou destruindo a sua vida.

Thanos – Vingadores Guerra Infinita (2018), por André Bozzetti

Thanos, o ‘Titã Louco’, apareceu pela primeira vez no MCU na cena pós-créditos de Vingadores (2012). Desde então, sua presença passou a ganhar força, como uma sombra que agia por trás das ameaças enfrentadas pelos heróis mais poderosos da Terra. Quando as Joias do Infinito se tornaram conhecidas, ficou claro para onde aquela história estava levando. Thanos, que por si só já seria uma ameaça enorme, em posse das joias se tornaria praticamente invencível. E isso ficou bem claro em Vingadores: Guerra Infinita. Já no início do filme vemos o Titã espancar Hulk, o mais poderoso dos Vingadores, de forma impiedosa. Isso após promover uma verdadeira chacina dentro da nave asgardiana na qual, em seguida, matou Loki com suas próprias mãos. E isso tudo apenas nos primeiros minutos de filme. Mais adiante ele tortura uma de suas filhas adotivas, mata outra, dá uma surra no Homem de Ferro, arranca a Joia da Mente da testa do Visão – consequentemente o matando – e, por fim, extermina metade da população senciente do universo com um simples estalar de dedos. Sim, esse foi o cartão de visitas de Thanos quando deixou de fazer apenas pequenas aparições em cenas pós-créditos. Em Vingadores: Ultimato acabamos tendo outra demonstração incrível do poder do vilão, quando enfrenta em luta corporal o trio composto por Capitão América, Thor e Homem de Ferro. Mesmo sem estar de posse de nenhuma das Joias, dá uma nova surra nos três. Acho que não restam dúvidas de que Thanos conquistou com louvor sua vaga entre os mais importantes e poderosos vilões da cultura pop. A geração Marvel ganhou o seu ‘Darth Vader’.




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